Isabela do Lago

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Belém, Pará - Amazônia, Brazil
A natureza da coisa arte em minha trajetória ocupou lugar no que se diz opção profissional, nem sei dizer nada a respeito de vocação pois nunca ouvi o tal "chamado". Por toda a minha vida tenho cercado o ato de produzir imagens, sejam elas desenhadas, pintadas, fotografadas, filmadas, dançadas, cantadas ou aquelas que figuram mundos internos nas almas imersas em situações nada concretas, a realidade vem a partir da leitura de quem se presta ao ato existir. Intuição, paixão e o nada me tocam neste viver o sentimento criativo desde que sinto coisas que não vejo e procuro transformá-las em algo visível e para que isto aconteça vivencio a criação no momento dela - e depois a esqueço.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

sábado, 12 de dezembro de 2009

RE INÍCIO



Tô trocando a pele... processo que vai demorar umas 4 ou 5 luas pra terminar
vou fazendo tudo bem devagar, tô tentando trocar a paleta vermelha porque me sinto
mesmo mais fria, e sinto mais fria mesmo a atitude da pintura, falha minha, fiquei muito tempo sem esta atividade diária, faço autoretrato porque tenho ficado sempre muito só, não tenho outro ou outra modelo.
assim me re descobrindo.
Tô catando lixos, materiais em madeira e cerâmica para este meu reinício, achei uma porta velha bem interessante, tô há uns 15 dias só olhando pra ela, resolvi fazê-la falar poruq alguma coisa tem que se manifestar neste mundo.
Nada de tela: só madeira e cerâmica. Tinta a óleo.

A luta na nova pintura... autoretratos são severos demais





Cachaça, chuva, tinta, noite, feitiço e violência

Derramando na porta velha abandonada

A fúria

Não sou estrela (...)

minha pele o tom mais difícil de encontrar




...Tudo é santo nesta gira
Nem Tudo gira neste santo
Quero as cores da encantaria
Ser deus que dança
Ser cobra e encanto
Tive de usar de tudo pra me encantar
Nova paleta em tons de pele
O de minha pele
O mais difícil de encontrar...
Isabela do Lago

Flores na cintura






sorriso
A ausência da democracia
Eu fazendo uma pintura de mim mesma
Bandido
O olhar que me corrompia
Eu não me faço de pintura
Mostrando em cores falsas
Embriagada de tinner
Envolta na vontade do não-vermelho
Não sou assim vermelha
Me provoco na mudança da paleta
Me acredito já tão velha
Tão surda
Tão só e tão muda
Cachaça, chuva, tinta, noite, feitiço e violência
Derramando na porta velha abandonada
A fúria
Não sou estrela
Nem pássaro
Nem flor
Nem bruxa
Tudo é santo nesta gira
Nem Tudo gira neste santo
Quero as cores da encantaria
Ser deus que dança
Ser cobra e encanto
Tive de usar de tudo pra me encantar
Nova paleta em tons de pele
O de minha pele
O mais difícil de encontrar
E meu pescoço?
Não consigo desenhar
Eu tenho alguma cintura
Nunca parei pra reparar
Não sou assim vermelha
Me provoco na mudança da paleta
Me acredito já tão velha
Tão surda
Tão só e tão muda
Meus seios que nunca os vi
Espelho, fotos...
Pincel
Cerveja e bem-te-vi
A solidão do início desta pintura
Derrama borboletas na minha cintura
Não sou assim vermelha
Me provoco na mudança da paleta.