Isabela do Lago

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Belém, Pará - Amazônia, Brazil
A natureza da coisa arte em minha trajetória ocupou lugar no que se diz opção profissional, nem sei dizer nada a respeito de vocação pois nunca ouvi o tal "chamado". Por toda a minha vida tenho cercado o ato de produzir imagens, sejam elas desenhadas, pintadas, fotografadas, filmadas, dançadas, cantadas ou aquelas que figuram mundos internos nas almas imersas em situações nada concretas, a realidade vem a partir da leitura de quem se presta ao ato existir. Intuição, paixão e o nada me tocam neste viver o sentimento criativo desde que sinto coisas que não vejo e procuro transformá-las em algo visível e para que isto aconteça vivencio a criação no momento dela - e depois a esqueço.

sábado, 22 de outubro de 2011

Grande invenção Oiticicante

Não existe idéia separada do objeto, só existe o grande mundo da invenção
b> Gosto desta fala do Hélio (aquele um que é Oiticica) exata_mente porque começa com a palavra NÃO, onde vejo a des/re/pós_construção de uma afirmação anterior@mente convencionada da existência de uma idéia. Tal & qual o hábito mal_ditcto de produzir imagens, falo de desenho e fotografia. Na invencionice do desenismo podemos des/re/pós_construir conceitos, práticas, posturas, imagens e tudo o mais que cerca o mundo em que habitamos, um eterno-etéreo nú descendo as escadas em noite de chuva sem luz, internet, telefone, ou mesmo alguém do mundo dos vivos pra reclamar. Esta semi-matéria em des_construção nos oferece, portanto, algo além do argumento, um tipo estranho de autoconhecimento com status de conhecimento social (só_cial) além da velha relação de causa y efeito, nossas experiências significativas são plurais e complexas, com nossas estradas per_cor_ridas, com nossas trilhas perceptivas bem untadas pelo suor de nossos rostos e também com o perfume do suor dos corpos que nos acompanham.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Gatilho e coração


("lavadeira no alto rio guamá", comunidade de Jacarequara - sta luzia do pará foto:Isabela do Lago, 2010)

Quem quer trocar meu coração
escondo atrás de um facão
Quem quer trocar meu coração
por amor, comida e munição

Viver plantado neste chão
faísca, tiro e batalhão
quem quer trocar meu coração
por amor, comida e munição
em troca meta os pés no chão
ande bonito e com paixão

minha gente não tem tostão
mas tem gatilho e compaixão
fazendo guerra com barão
trocando o sangue pelo pão
rio guamá terra de cão
onde eu perdi a oração
onde eu troquei meu coração
por emboscada e frustração.