Isabela do Lago

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Belém, Pará - Amazônia, Brazil
A natureza da coisa arte em minha trajetória ocupou lugar no que se diz opção profissional, nem sei dizer nada a respeito de vocação pois nunca ouvi o tal "chamado". Por toda a minha vida tenho cercado o ato de produzir imagens, sejam elas desenhadas, pintadas, fotografadas, filmadas, dançadas, cantadas ou aquelas que figuram mundos internos nas almas imersas em situações nada concretas, a realidade vem a partir da leitura de quem se presta ao ato existir. Intuição, paixão e o nada me tocam neste viver o sentimento criativo desde que sinto coisas que não vejo e procuro transformá-las em algo visível e para que isto aconteça vivencio a criação no momento dela - e depois a esqueço.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A Piramutaba Justiceira e o verdadeiro caso do assassinato de Amy



Algum reahab

Esta é mais uma série de foto-drama que está sendo construída a partir das redes sociais, depois de ‘amor venéris ou um colar de brilhantes para uma pobre donzela’ que rolou em 2009, agora temos um novo jogo: apropriação visual de ícones da cultura pop, conectividade amazônida e criação artística em rede.
O jogo é mesmo lúdico, infantil e extremamente prazeroso e ainda tem a vantagem de, com tudo isso, não machuca, não dói, não engorda, não engravida nem pega DST.
Visualmente construído de maneira livre, dialética e colaborativa nas redes sociais “A Piramutaba justiceira e o verdadeiro caso do assassinato de Amy” chuta pra longe esse papo brabo de estética do cotidiano e busca de verdades absolutas, muito exploradas na fotografia pelo seu caráter documental, e usa a fotografia para documentar inverdades, calúnias mediáticas e questionar mesmo o meu posicionamento diante da receptividade da cultura pop e das imagens que consumimos, e quando consumimos o que devolvemos disso tudo. Regorgitar talvez seja interessante, questionamento que surge na minha alma, individualmente e parte em busca de outros olhares, outras consciências, mais formas de fantasia, mais meios de representação de desejos.
Fugir do colonialismo cultural, abraçando-o, um tomara-que-caia vestidos por muitos seios, ou uma tanga de cerâmica difícil de caber na buceta estrangeira, já não me percebo nesta dualidade de bem x mau (& mal). Diluo-me na não fronteira y perco-me a criar imagens de terras jamais prometidas, nasce a já velha e desbotada “piramutaba” a partir dos questionamentos que passei a me permitir durante a construção (nas redes sociais) da Marcha das Vadias Belém. Aconteceu no meio de tanto blá a morte da cantora Amy Whinehouse, mesmo sendo ela portadora de talento singular, foi crucificada pelo comportamento, depois de ouvir tantos comentário mega-machistas sobre a ela pensei: E se a tivessem assassinado? Imediatamente joguei virtualmente com as pessoas que me deram trela: surgiu um roteiro, nasceu o fotodrama.
Sendo assim, a direção de arte desta proposta busca firmar nas fotos a dimensão dos HQs e filmes de outro londrino que admiro bastante Alfred Hitchcock (em especial ‘Disque M para matar’), nas pesquisas dos enquadramentos, da expressão das personagens e na atmosfera, sobretudo, nos enredos que envolvem crimes passionais, suspense e mundo-rock. Ainda, as personagens pescadas ao acaso são Amy Whinehouse, Cher e Frank Zappa, por enquanto, já que a caracterização corporal é também um ponto importante para este trabalho, estou buscando indivíduos paraoaras que se assemelhem a personalidades Pops.

Um comentário:

  1. E tenho umas personagens também para ti, apenas como sugestão, mas femininas: IRMÃ DOROTY e a viúva do Benezinho, que participa do filme MUKHERS MÃES E VIÚVAS DA TERRA doEvandro Medeiros (mas cujo nome eu esqueço...)

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